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ANÁLISE: AMD Ryzen 5 5500 – novo custo x benefício gamer? + Vários comparativos

14 de maio de 2022

Essa é a análise (review) do AMD Ryzen 7 5500, um processador intermediário com foco em custo e benefício para consumidores buscando um bom computador para games e também trabalho. Entre seus destaques está a boa quantidade de núcleos e threads, em uma configuração hexa-core chegando a 12 núcleos lógicos através da tecnologia Simultaneous Multithread (SMT).

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Site oficial do AMD Ryzen 5 5500

Esse processador faz parte de uma atualização nos produtos da AMD, de olho na concorrência imposta pela 12ª geração Intel Core, com modelos como o Intel Core i5-2400F trazendo um forte competidor no segmento intermediário. O Ryzen 5 5500 chega com preço de US$ 159, abaixo dos US$ 199 sugeridos no Core i5. No Brasil ele está à venda abaixo dos mil reais, versus os R$ 1,2 mil do Core i5 e os R$ 800 do Core i3-12100F.

Apesar de manter a arquitetura Zen3, ele traz um corte relevante comparado ao Ryzen 5600X e até mesmo o 5600 que vai além das frequências de operação. Ele usa uma estrutura semelhante aos Ryzen 5000G, que para dar espaço aos gráficos integrados tem uma quantidade menor de cache L3. Como consequência, o Ryzen 5 5000 possui 16MB de cache L3, e não os 32MB presente nos modelos Ryzen 7 e 5 da série Ryzen 5000. Outra redução relevante é no suporte ao PCIe, reduzido para versão 3.0.


Especificações técnicas

Comparativo

Preços

Especificações

Vídeo Integrado

Características Gerais

Processador AMD Ryzen 5 5500 3.6GHz (4.2GHz Max Turbo) AM4 Wraith Stealth S/Vídeo Integrado – 100-100000457BOX

Processador AMD Ryzen 5 5500 3.6GHz (4.2GHz Max Turbo) AM4 Wraith Stealth S/Vídeo Integrado – 100-100000457BOX

Processador AMD Ryzen 5 5600, Cache 35MB, 3.5GHz (4.4GHz Max Turbo), AM4, Sem Vídeo – 100-100000927BOX

Processador AMD Ryzen 5 5600, Cache 35MB, 3.5GHz (4.4GHz Max Turbo), AM4, Sem Vídeo – 100-100000927BOX

Processador AMD Ryzen 5 5600, Cache 35MB, 3.5GHz (4.4GHz Max Turbo), AM4, Sem Vídeo – 100-100000927BOX

Processador AMD Ryzen 5 5600, Cache 35MB, 3.5GHz (4.4GHz Max Turbo), AM4, Sem Vídeo – 100-100000927BOX

Processador Intel Core i3-12100F, Cache 12MB, 3.3GHz (4.3GHz Max Turbo), LGA 1700 – BX8071512100F

Processador Intel Core i3-12100F, Cache 12MB, 3.3GHz (4.3GHz Max Turbo), LGA 1700 – BX8071512100F


O Zen3

Os Ryzen 5000 introduzem uma nova microarquitetura aos processadores da AMD, a Zen3. Essa microarquitetura promete um ganho médio de 19% nas instruções por clock (IPC) comparado ao Zen2, usando de referência modelos de oito núcleos com o clock fixo em 4.0GHz no comparativo.

Mesmo sem reduzir a litografia, melhorias da arquitetura no Zen3 evoluem a performance dos Ryzen 5000

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Mesmo mantendo a mesma litografia, os 7nm FinFET da TSMC, melhorias no cache prefetching, motor de execução, branch predictor, micro-op cache, front-end e armazenamento de dados foram os fatores que contribuíram para essa evolução.

Outro ponto relevante foi a reorganização do complexo computacional da AMD (CCX). Na primeira e segunda geração da microarquitetura, o complexo contava com quatro núcleos que compartilhavam estruturas, como cache L3, e se comunicavam com outros núcleos via Infinity Fabric.

O Zen3 modifica essa estrutura, colocando um total de oito núcleos em um mesmo CCX. Essa união também aumentou a quantidade de cache, já que basicamente unifica os dois 16MB disponíveis nos CCXs anteriores em um único cache de nível L3 com 32MB acessível por todos os núcleos, sem o Infinity Fabric envolvido nessa comunicação.

Essa reestruturação reduz as latências de comunicação entre memórias e núcleos e também entre núcleos, pois reduz a necessidade de utilizar o Infinity Fabric, que realizava essa ponte entre diferentes CCXs e também com estruturas externas, como a memória RAM. Essa mudança traz impactos principalmente em cenários que dependem de baixa latência, como é o caso dos games.

Melhorias dos Zen3 impactam principalmente em cenários que dependem de latências e performance por thread, como é o caso de games

Falando em Infinity Fabric, a operação da memória é relevante para acelerar essa comunicação, e de acordo com a AMD, os clocks de 4000MHz são um patamar que pode ser possível de atingir, algo que na geração anterior se situava na casa dos 3800MHz. Como todo aumento de frequências, estamos falando de um overclock que poderá apresentar resultados diferentes de um modelo para o outro. 


Fotos

Abaixo algumas fotos do Ryzen 5 5500, processador soquete AM4, por lógica com o mesmo formato de qualquer outro modelo para esse soquete.

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Junto com o CPU vem o cooler Wraith Stealth, modelo mais simples da AMD atualmente, mas que da conta do “recado”.


Sistema utilizado
Abaixo, detalhes sobre o sistema utilizado para os testes:

Máquinas utilizadas nos testes:
Todos os sistemas utilizaram componentes com mesmas características técnicas para os testes, com exceção da placa-mãe, que varia de acordo com a plataforma. Veja a configuração utilizada:

– Placa de vídeo: GeForce RTX 3080 Ti [análise]
– Memórias: 32GB (2x16GB) Kingston Fury Beast 3200MHz CL16
– SSD: 500GB para sistema e 2TB para games
– Cooler: Noctua NH-U12S
– Fonte de energia (PSU): Cooler Master V850 [site oficial]

A frequência das memórias é a máxima suportada pelo processador

Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 11
– GeForce 512.xx

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Aplicativos/Games:
– 7-Zip [site oficial]
– Adobe Premiere [site oficial]
– AIDA64 [site oficial]
– Blender [site oficial]
– CineBench R20 [site oficial]
– x264 Full HD Benchmark [download]
– V-Ray [site oficial]
– WinRAR 6.x [site oficial]

– 3DMark (DX11)
– Assassin´s Creed Odyssey (DX11)
– CyberPunk 2077 (DX12)
– Battlefield V (DX12)
– Counter-Strike Global Offense (DX11)
– Grand Theft Auto V (DX11)
– Red Dead Redemption (Vulkan)

CPU-Z/AIDA64
Através dos aplicativos CPU-Z e  AIDA64, vemos algumas informações técnicas do processador, como modelo, clocks, número de núcleos e threads, etc.

Plataforma em modo default com memórias DDR4 em 3200MHz

Overclock

Overclockamos o Ryzen 5 5500 para 4.5GHz em todos seus núcleos e utilizando o air cooler Noctua NH-U12S. A tensão foi travada em 1.38. Vale ressaltar que overclock muda de acordo com o sistema, e um mesmo CPU podem apresentar resultados diferentes.

Conseguimos subir ele para 4.6 e 4.7GHz, mas não estabilizou em todos os teste mesmo com diferentes tensões, logo baixamos até estabilizar.


Consumo de energia

Fizemos os testes de consumo de energia do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema.

É importante destacar que o consumo de energia depende bastante da placa-mãe e placa de vídeo, podendo variar consideravelmente de um sistema para outro com configurações semelhantes.

IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso.

Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistemas rodando o 3DMark, temos os consumos abaixo:


Temperatura

Começamos pelos testes de temperatura, com o sistema em modo ocioso e rodando o Blender, aplicativo que “estressa” todos os núcleos dos processadores. Como de costume, sempre utilizamos o cooler Noctua NH-U12S como padrão, porém quando o processador traz um cooler box, também adicionamos os testes de temperatura com esse cooler para ter uma noção da diferença na dissipação entre diferente tipos de projetos.

Todos os testes que não tem cooler mencionado no nome, utilizam o modelo Noctua NH-U12S

IDLE (Sistema ocioso)
Iniciamos com o sistema em modo ocioso, com o Windows em espera sem estar executando tarefas, além das tradicionais do sistema.

Rodando o Blender

É válido mencionar aqui que, em nossas recentes análises, trocamos o wPrime pelo Blender para os testes de temperatura. A mudança foi feita pois o wPrime estava apresentando resultados inconsistentes para os últimos produtos que testamos e não estava “puxando o hardware até o seu máximo”. O Blender se tornou mais interessante por ser amplamente usado e estressar mais os nossos componentes, sem as inconsistências que vinham acontecendo.

“A temperatura varia de acordo com o programa utilizado. Mesmo o wPrime estressando todos os núcleos sendo uma boa opção para ver o comportamento desse cenário, alguns programas podem exigir ainda mais do processador e, consequentemente, esquentar mais o mesmo. Como exemplo, citamos o Blender.”

“A temperatura varia de acordo com o programa utilizado. Mesmo o wPrime estressando todos os núcleos sendo uma boa opção para ver o comportamento desse cenário, alguns programas podem exigir ainda mais do processador e, consequentemente, esquentar mais o mesmo. Como exemplo, citamos o Blender.”


Testes sintéticos e reais

Abaixo, temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando o processador analisado com outros modelos do mercado e fazendo exatamente os mesmos testes. Os testes consideram diferentes cenários de uso do processador e de outros componentes associados a dar mais desempenho ao sistema.

Dependendo a plataforma, os testes podem considerar diferente padrões de memória

Procuramos testes de benchmarks para mostrar vários cenários bem distintos, desde uso profissional como o editor de vídeo Adobe Premiere até testes em jogos.

Alguns testes podem tirar maior proveito de CPUs com clocks mais altos, independente da arquitetura e do número de núcleos/threads. Já outros podem tirar mais proveito de mais núcleos/threads

Adobe Premiere CC
Mais um teste de renderização de vídeo, em um cenário real renderizando com o Adobe Premiere CC sem uso de GPU:

AIDA64 Latency
O software AIDA64 tem vários testes de performance. Separamos um que mostra um cenário diferente dos demais: a velocidade de latência das memórias. Para entender melhor: quanto menor o resultado, melhor.

Blender
O aplicativo Blender é voltado a profissionais de edição de filmes e manipulação de objetos 3D, sendo um bom teste real de como o sistema se comporta nesse tipo de cenário.

CineBENCH R23
O CineBench está entre os mais famosos testes de benchmarks para processadores, baseado em um teste convertendo uma imagem. Fizemos versões em Single e Multi Core com a versão R23:

V-Ray
O teste V-Ray Benchmark utilizado consiste no resultado de renderização do CPU. Quanto maior for o resultado, melhor é o desempenho.

x264 Full HD Benchmark
Em um teste de conversão de vídeo Full HD, temos os seguintes resultados:

7-Zip
O software de compactação 7-Zip se tornou um dos mais populares do mundo por se tratar de um aplicativo de código aberto, possuindo também um benchmark interno que vem sendo muito utilizado para métrica de performance. Abaixo, o desempenho dos sistemas com ele:

WinRAR
Outro bom teste para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores.

3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, na versão Fire Strike default e Ultra (4K).


Teste em games

Agora, vamos para os games. Selecionamos alguns dos principais títulos do mercado para mostrar como os processadores se comportam utilizando configurações semelhantes, sendo sempre a mesma config dos componentes utilizados.

Assassin´s Creed Valhalla
O game da Ubisoft baseado na tecnologia DirectX 12 é uma referência de software que demanda alto desempenho tanto do chip gráfico quanto do processador.


Battlefield V
Como um dos games com a melhor qualidade gráfica já lançados, o Battlefield V faz parte de nossa bateria de testes. Abaixo, o comportamento dos sistemas rodando o game da DICE.


Counter Strike: Global Ofensive
O game competitivo é baseado em DirectX 9 e, apesar das baixas exigências de performance na parte da placa de vídeo, por se tratar de um eSport, o ideal é alcançar altíssimas taxas de quadros, algo que traz alta carga tanto a CPU quanto GPU.


Cyberpunk 2077
Um dos maiores sucessos dos últimos tempos em games para PC é o Cyberpunk 2077, que agora faz parte de nossa bateria de testes. O game está rodando sobre a API DirectX 12.


GTA V
Grand Theft Auto V está entre os maiores sucessos dos últimos anos, trazendo entre seus destaques boa qualidade gráfica. Ele é um dos games que mais faz uso do CPU, sendo um ótimo teste para ver o comportamento e diferença entre esse componente. Confiram abaixo os resultados nesse game:


Red Dead Redemption 2
Game da RockStar, com belíssimos gráficos e uma boa referência para medir o comportamento de sistemas. Nosso teste considera o game rodando sobre a API Vulkan, que se comportou melhor tanto em placas AMD como Nvidia.


Rainbow Six Siege
O game de tiro tático da Ubisoft usa o motor AnvilNext e tem ótimo port para a API de baixo nível Vulkan. É um game bem otimizado para hardwares de entrada, mas que demanda muito poder computacional do processador e baixíssimas latências para atingir taxas de quadros elevadas.


Conclusão

Com um custo abaixo dos R$ 1 mil, o Ryzen 5 5500 chega como um competente adversário pra modelos como o Core i5-11400F e o Core i3-12100F para os consumidores de olho em um processador bom para jogos, mas com um orçamento um pouco mais apertado.

O Ryzen 5 5500 adiciona opções de performance e custos novos no line-up Ryzen

Em games, temos uma vantagem em favor do 12100F, que fica na frente em vários cenários custando menos. Mas as coisas pendem em favor do Ryzen 5 5500 em aplicações profissionais e multi-tasking, graças aos seus 6 núcleos e 12 threads. Para longevidade essa contagem maior de núcleos pode pesar em favor do modelo da AMD, também. Outro fator que deve ser levado em consideração é o custo do kit mainboard+CPU. Está bem mais caro uma placa-mãe para 12ª geração Intel Core do que a longeva e muito disponível plataforma AM4, cheia de produtos mais acessíveis graças ao longo ciclo que a AMD trouxe para essa plataforma.

Na disputa dentro de casa, o Ryzen 5 5500 fica levemente atrás do 5600G, que custa consideravelmente mais e que só faz sentido se você fará uso do gráfico integrado, e é bem mais barato que o Ryzen 5 5600X. Apesar do modelo X ser muito melhor em games, entregando vantagens de 10 a 15% na média, mas podendo ter picos perto dos 50% em games mais exigentes em frequências de operação e memória cache, onde as limitações do 5500 o impedem de alcançar o modelo mais potente.

CPU pode ser uma boa opção para quem quer jogar, mas não tem a demanda de altas taxas de FPS

Mesmo com eventuais lacunas grandes entre o 5500 e o 5600X, eventualmente há usos em que pode fazer sentido economizar quase um terço do valor do 5600X e pegar o Ryzen 5 5500. Mesmo não sendo tão competente quanto o 5600X, ele ainda mantém um bom nível de performance em games. Eu só ficaria de olho em um ponto cego de nossos testes: o Ryzen 5 5600. Esse modelo as vezes fica bem próximo do custo do 5500, sem restrições tão grandes em frequências nem a redução no L3 Cache. Quando tivermos acesso a um modelo para testes, vamos poder fazer uma comparação mais clara entre os dois produtos.

PRÓS
Performance suficiente para jogar bem
Seis núcleos e 12 threads por menos de R$ 1 mil
Baixo aquecimento
Preço competitivo
CONTRAS
Clocks mais baixos e menos cache L3
Sem gráficos integrados
Perde para o Intel Core i3-12100F em alguns games
Preço próximo do ADM Ryzen 5 5600



Fonte: https://adrenaline.com.br/analises/v/75285/analise-amd-ryzen-5-5500-novo-custo-x-beneficio-gamer-varios-comparativos

2022-05-14 11:15:00