O Intel Core i5-11400 é um processador intermediário com um bom balanço entre recursos e preço. Esse modelo abre mão de capacidades como altas frequências e overclock desbloqueado, mas em contrapartida ainda é um processador robusto com 6 núcleos e 12 threads, e também traz as melhorias da arquitetura dos Rocket Lake-S.
Entre as novidades está a introdução de um novo núcleo, o Cypress Cove, combinado com os novos gráficos Intel Xe e uma atualização em tecnologias, como o suporte ao USB 3.2 Gen2x2, aumento de linhas PCIe para 20 com atualização na tecnologia para o PCIe 4.0, novo QuickSync e a introdução do Thunderbolt 4.0.
Site oficial do Intel Core i5-11400
Link de compra na Kabum
O Intel Core i5-11400 foi anunciado por US$ 182, uma economia respeitável comparado os US$ 262 do Core i5-11600K, mostrando o forte apelo para um sistema com alto custo x benefício. Olhando para os rivais, ele é bem mais barato que o Ryzen 5 5600X, lançado por US$ 299. Olhando para o mercado nacional, o 11400 é encontrado por R$ 1.279, muito mais barato que os R$ 1.729 cobrados no Ryzen 5 5600X e com margem até comparado aos R$ 1.429 do Ryzen 5 3600. Para quem não pretende usar os gráficos integrados, há uma variação mais barata, o Core i5-11400F, que dispensa os gráficos HD 730 e tem uma redução de preço de aproximadamente 100 reais.
Especificações técnicas
Comparativo
Preços
Especificações
Vídeo Integrado
Características Gerais
Processador Intel Core i5-10400, Cache 12MB, 2.9GHz (4.3GHz Max Turbo), LGA 1200 – BX8070110400
Processador Intel Core i5-10400, Cache 12MB, 2.9GHz (4.3GHz Max Turbo), LGA 1200 – BX8070110400
Processador AMD Ryzen 5 3600 Cache 32MB 3.6GHz(4.2GHz Max Turbo) AM4, Sem Vídeo – 100-100000031BOX
Processador AMD Ryzen 5 3600 Cache 32MB 3.6GHz(4.2GHz Max Turbo) AM4, Sem Vídeo – 100-100000031BOX
Processador AMD Ryzen 5 5600X, Cache 35MB, 3.7GHz (4.6GHz Max Turbo), AM4 – 100-100000065BOX
Processador AMD Ryzen 5 5600X, Cache 35MB, 3.7GHz (4.6GHz Max Turbo), AM4 – 100-100000065BOX
O Rocket Lake-S
Mais uma vez na litografia de 14 nanômetros, a Intel buscou melhorar seus produtos na 11ª geração Core com a atualização de uma série de tecnologias, melhora em algumas especificações, evoluções nos núcleos de processamento e a introdução dos novos gráficos Intel Xe em um processador de desktop.
Na conectividade temos mudanças em várias frentes. Agora temos suporte a tecnologias como o WiFi 6, o USB 3.2 Gen2x2, o Thuderbolt 4 e o PCI Express 4.04 nativamente na plataforma, com incremento nas linhas PCIe do CPU de 16 para 20. O Intel QuickSync também foi aprimorado para acelerar via hardware codecs como VP9 12-bit e 12-bit 4:4:4; e HEVC 12-bit 4:2:0, 4:2:2 e 4:4:4, além de também usar os gráficos para dar suporte nativo à decodificação AV1.
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Os processadores de 11ª geração Core para desktops em geral mantém a configuração de núcleos da geração anterior, com exceção da linha Core i9 que foi reduzida de 10 para 8 cores. Apesar da manter a litografia nos 14nm mais uma vez, a tecnologia dos núcleos foi atualizada para a Cypress Cove, e a empresa busca atingir ganhos de até dois dígitos percentuais em IPC, as instruções por clock, com diversas melhorias da arquitetura, além de ganhos de performance com ajustes mais avançados no boost nas frequências.
A grande evolução aconteceu nos gráficos. Os Intel Xe prometem saltos de 50% em desempenho, entregando um chip gráfico integrado muito mais capaz de realizar funções como rodar games ou acelerar Deep Learning e inteligência artificial. Enquanto seu grande destaque é mesmo nos dispositivos móveis, como notebooks, onde dispensar um chip gráfico dedicado é importante para tornar o computador mais fino e leve, nos desktops um bom gráfico integrado é bastante relevante pra galera que não vai investir e uma placa dedicada (com guerreiros como o PC da Crise) ou tornar o computador usável até uma GPU ser adquirida.
Os modelos Core i9 também introduzem uma novidade, o Adaptive Boost Technology, recurso que busca manter as frequências em patamares mais altos se determinados parâmetros de temperatura forem mantidos. Donos de computadores com um sistema de resfriamento mais robusto podem alcançar 5.1GHz em todos os núcleos de forma consistente, um patamar de performance só alcançado via overclock em gerações anteriores.
Fotos
Os processadores Core de 11ª geração seguem o formato dos modelos Core de 10ª geração, ou seja, são baseados no soquete LGA1200, porém os modelos de 11ª são levemente mais baixos.
Processadores Core de 11ª geração podem funcionar em placas-mãe Intel Serie 400 com update de bios – confira o site do fabricante da placa
Através de uma atualização de BIOS a maioria ds placas-mãe com chipset Intel Z490 suportam modelos de 11ª geração. Os demais chipsets da linha 400 possuem mais restrição, então fique de olho no site do fabricante.
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Abaixo algumas fotos mostrando o cooler que acompanha esse modelo, uma versão levemente repaginada e mais bonita, mesmo com pequenas mudanças como nas cores, agora todo preto, além de uma proteção sobre os fios que ligam o FAN na força, deixou o cooler mais bonito visualmente, e um pouco mais eficiente com o cobre em sua superfície.
Sistema utilizado
Abaixo, detalhes sobre o sistema utilizado para os testes:
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Máquinas utilizadas nos testes:
Todas os sistemas utilizaram componentes com mesmas características técnicas para os testes, com exceção da placa-mãe, que varia de acordo com a plataforma. Veja a configuração utilizada:
– Placa de vídeo: GeForce RTX 3080 [análise]
– Placa-mãe: Gigabyte Z590 AORUS Master [site oficial]
– Memórias: 16GB G.Skill TridentZ @ 3200MHz (2x8GB) CL14
– SSD: Sata para sistema, NVMe para aplicativos e jogos
– Cooler: Noctua NH-U12S [site oficial]
– Fonte de energia (PSU): Cooler Master V850 [site oficial]
A frequência das memórias é a máxima suportada pelo processador
Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 10 64 Bits com Updates
– GeForce 471.xx
Aplicativos/Games:
– 7-Zip [site oficial]
– Adobe Premiere [site oficial]
– Blender [site oficial]
– CineBench R20 [site oficial]
– x264 Full HD Benchmark [download]
– V-Ray [site oficial]
– wPrime 1.55 [site oficial]
– WinRAR 6.x [site oficial]
– 3DMark (DX11)
– Assassin´s Creed Odyssey (DX11)
– CyberPunk 2077 (DX12)
– Battlefield V (DX12)
– Counter-Strike Global Offense (DX11)
– Grand Theft Auto V (DX11)
– Red Dead Redemption (Vulkan)
CPU-Z/AIDA64
Através do CPU-Z e AIDA64, vemos algumas informações técnicas do processador, como modelo, clocks, número de núcleos e threads, etc. Como os modelos Core 11ª gen da linha K tem suporte a memórias até 3200MHz, essa será a frequência utilizada em nossos testes.
Modelos que não tem o K no nome não trazem suporte para overclock, caso do Core i5-11400
Vale destacar que o Core i5-11400 não tem suporte para overclock, logo não temos esse processo na review.
Consumo de energia
Fizemos os testes de consumo de energia do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema.
É importante destacar que o consumo de energia depende bastante da placa-mãe e placa de vídeo, podendo variar consideravelmente de um sistema para outro com configurações semelhantes.
IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso.
Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistemas rodando o 3DMark, temos os consumos abaixo:
Temperatura
Começamos pelos testes de temperatura, com o sistema em modo ocioso e rodando o wPrime, aplicativo que “estressa” todos os núcleos dos processadores.
IDLE (Sistema ocioso)
Iniciamos com o sistema em modo ocioso, com o Windows em espera sem estar executando tarefas, além das tradicionais do sistema.
Rodando o wPrime
Quando colocamos o sistema rodando o aplicativo wPrime, que faz todos os núcleos trabalhem em modo full, temos os consumos abaixo:
“A temperatura varia de acordo com o programa utilizado. Mesmo o wPrime estressando todos os núcleos sendo uma boa opção para ver o comportamento desse cenário, alguns programas podem exigir ainda mais do processador e, consequentemente, esquentar mais o mesmo. Como exemplo, citamos o Blender.”
Testes sintéticos e reais
Abaixo, temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando o processador analisado com outros modelos do mercado e fazendo exatamente os mesmos testes. Os testes consideram diferentes cenários de uso do processador e de outros componentes associados a dar mais desempenho ao sistema.
Procuramos testes de benchmarks para mostrar vários cenários bem distintos, desde uso profissional como o editor de vídeo Adobe Premiere até testes em jogos.
Alguns testes podem tirar maior proveito de CPUs com clocks mais altos, independente da arquitetura e do número de núcleos/threads. Já outros podem tirar mais proveito de mais núcleos/threads
Adobe Premiere CC
Mais um teste de renderização de vídeo, em um cenário real renderizando com o Adobe Premiere CC 2020 sem uso de GPU:
AIDA64 Latency
O software AIDA64 tem vários testes de performance. Separamos um que mostra um cenário diferente dos demais: a velocidade de latência das memórias, que quanto menor o resultado, melhor.
Blender
O aplicativo Blender é voltado a profissionais de edição de filmes e para manipulação de objetos 3D, sendo um bom teste real de como o sistema se comporta nesse tipo de cenário.
CineBENCH R20
O CineBench está entre os mais famosos testes de benchmarks para processadores, baseado em um teste convertendo uma imagem. Fizemos teste em Single e Multi Core, já na versão R20 lançada em março de 2019:
V-Ray
O teste V-Ray Benchmark utilizado consiste no resultado de renderização do CPU. Quanto menor for, melhor é o desempenho.
x264 Full HD Benchmark
Em um teste de conversão de vídeo Full HD, temos os seguintes resultados:
7-Zip
O software de compactação 7-Zip se tornou um dos mais populares do mundo por se tratar de um aplicativo de código aberto, possuindo também um benchmark interno que vem sendo muito utilizado para métrica de performance. Abaixo, o desempenho dos sistemas com ele:
WinRAR
Outro bom teste para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores.
wPrime
Rodando o wPrime, teste que estressa todos os cores do processador, temos os resultados abaixo:
3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, na versão Fire Strike default e Ultra (4K).
Teste em games
Agora, vamos para os games. Selecionamos alguns dos principais títulos do mercado para mostrar como os processadores se comportam utilizando configurações semelhantes, sendo sempre a mesma config dos componentes utilizados.
Assassin´s Creed Odyssey
O game da Ubisoft baseado na tecnologia DirectX 11 é uma referência de software que demanda alto desempenho tanto do chip gráfico quanto do processador – resultado do mapa amplo e complexo recriando a região da Grécia Antiga.
Battlefield V
Como um dos games com a melhor qualidade gráfica já lançados, o Battlefield V faz parte de nossa bateria de testes. Abaixo o comportamento dos sistemas rodando o game da DICE.
Counter Strike: Global Ofensive
O game competitivo é baseado em DirectX 9 e apesar das baixas exigências de performance na parte da placa de vídeo, por se tratar de um eSport, o ideal é alcançar altíssimas taxas de quadros, algo que traz alta carga tanto a CPU quanto GPU.
Cyberpunk 2077
Um dos maiores sucessos dos últimos tempos em games para PC é o Cyberpunk 2077, que agora faz parte de nossa bateria de testes. O game está rodando sobre a API DirectX 12.
GTA V
Grand Theft Auto V está entre os maiores sucessos dos últimos anos, trazendo entre seus destaques boa qualidade gráfica. Ele é um dos games que mais faz uso do CPU, sendo um ótimo teste para ver o comportamento e diferença entre esse componente. Confiram abaixo os resultados nesse game:
Red Dead Redemption 2
Novo game da RockStar, com belíssimos gráficos e uma boa referência para medir o comportamento de sistemas. Nosso teste considera o game rodando sobre a API Vulkam, que se comportou melhor tanto em placas AMD como Nvidia.
Rainbow Six Siege
O game de tiro tático da Ubisoft usa o motor AnvilNext e tem ótimo port para a API de baixo nível Vulkan. É um game bem otimizado para hardwares de entrada, mas que demanda muito poder computacional do processador e baixíssimas latências para atingir taxas de quadros elevadas.
Gameplay em vídeo
Conclusão
O Core i5-11400 conseguiu alguns ganhos respeitáveis de performance sobre o Core i5-10400F, porém isso aconteceu em cenários bem localizados. Os saltos de 10 a 20%, algo bastante relevante, aconteceu principalmente em nossas baterias de testes sintéticos e aplicações profissionais com bom desempenho em multithread.
Mas para a máquina gamer custo x benefício, não é o que vemos. Em vários cenários temos empates técnicos com o Core i5-10400, que aparece por uma diferença de preço respeitável em diversos momentos. Isso faz com que o Core i5-11400 fique em uma situação complicada versus seu antecessor, precisando de diferenças de preços inferiores a 10% para fazer sentido. Além da performance em aplicações profissionais, outro fator relevante para o 11400 é seu suporte a 3200MHz nas memórias, tornando mais versátil montar uma máquina com memórias operando em alta frequência.
No comparativo versus o Core i3 temos uma clara vantagem para o Core i5, justificando o custo adicional. Em vários cenários temos saltos relevantes de performance, então faz sentido o custo extra e não parar no 10100 e partir para o 11400, seja para trabalho, seja para games.
Na disputa com a AMD, o lado vermelho da força fica na frente em diversos testes com a balada do Ryzen 5 5600G e Ryzen 5 5600X, e as diferenças podem chegar a casa dos 15%. Isso deixa um claro referencial para quando você for comparar os produtos: se o Core i5-11400 não estiver ao menos uns 15% mais barato que um 5600X, melhor optar pelo Ryzen.
Apesar de não apresentar grandes evoluções comparado a um Core i5-10400 e uma desvantagem frente aos rivais AMD Ryzen, no Core i5-11400 ainda pode ser uma boa opção dependendo de um único fator: o preço. Se ele for encontrado por um valor competitivo, ele entrega um nível de performance em games e aplicações profissionais suficientes para uma máquina para trabalho e games, mas precisa do custo certo para fazer sentido. Seja para ser mais atrativo comparado a um Ryzen 5 5600X/G, ou para investir a mais do
que em um Core i3-10100 ou eventual 10400 ainda disponível no mercado.
PRÓS |
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Bom desempenho em games e aplicações profissionais |
Suporte ampliado para 3200MHz nas memórias |
Preço mais acessível que rivais |
CONTRAS |
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Em desvantagem frente a rivais AMD Ryzen 5 |
Pouca evolução comparado ao Core i5-10400 |
Não tem suporte para overclock |
Fonte: https://adrenaline.com.br/analises/v/70134/review-intel-core-i5-11400-e-um-bom-processador-pelo-seu-custo-mas-sem-destaques
2021-09-19 10:45:00