O Intel Core i3-12100F é um processador de entrada da 12ª geração Intel Core, codinome Alder Lake-S, que chega ao mercado buscando o público interessado em custo x benefício. Ele é o processador mais baixo da linha Core de décima segunda geração no momento, com o soquete LGA1700. Ele roda em um clock de 3.30GHz até 4.30GHz e conta com um TDP de 58W.
Os Alder Lake-S representam enfim uma grande mudança na arquitetura da Intel, que tem visto a evolução dos processadores da concorrências, os AMD Ryzen, e que enfim responde com uma mudança mais radical em sua tecnologia. No entanto, um detalhe importante aqui é que o i3-12100F é um dos novos SKUs que não possuem a arquitetura híbrida envolvendo núcleos de desempenho e eficiência, uma novidade da geração Alder Lake da Intel. Esse processador traz quatro núcleos e oito threads, sendo todos os núcleos de performance (Golden Cove). Além disso, o final “F” do seu nome indica que esse CPU não oferece gráficos integrados.
Site oficial com especificações do Core i3-12100F
Link de compra do Core i3-12100F np KaBuM!
O Intel Core i3-12100F tem preço recomendado entre $97.00 – $104.00 pelo site oficial, estando na mesma faixa de preço do Ryzen 3 3100, que foi lançado por US$99 em abril de 2020. Já no Brasil, no momento em que essa pesquisa está sendo feita (01/03/2022), o processador Core pode ser encontrado por valores entre R$850 e R$1.100. Já o seu rival Ryzen é mais difícil de encontrar em território brasileiro, estando indisponível nos principais e-commerces.
Especificações técnicas
Comparativo
Preços
Especificações
Vídeo Integrado
Características Gerais
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
Processador 10100 Core I3 (1200) 3.60 Ghz Box 10ª Ger
O Alder Lake-S
A microarquitetura Alder Lake-S é uma das maiores mudanças que a Intel já realizou em seus processadores para desktop. A empresa está introduzindo um conceito já amplamente usado em plataformas baseadas em ARM, e agora usa uma arquitetura híbrida na maioria dos seus processadores, mesclando núcleos com diferentes características e tentando extrair os pontos fortes e minimizar os pontos fracos de cada um.
A 12ª geração Intel Core é a modificação mais profunda na linha em décadas
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Com isso, saem os núcleos idênticos e entram em ação dois tipos diferentes. Focados no desempenho temos os P-Cores, baseados em Golden Cove, uma evolução dos Cypress Cove da 11ª geração de desktops, com uma melhora de 19% de IPC comparado com seu antecessor operando no mesmo clock. Isso é resultado de modificações em várias estruturas, aumentando o decode de 4-wide para 6-wide, o re-order buffer (ROB) de 352 para 512 entradas e a execution que foi ampliada de 10 para 12 portas. Tudo isso representa a maior modificação em décadas na arquitetura Core, equivalente ao que a empresa trouxe com a introdução do Skylake.
Porém, a grande novidade é a presença de núcleos de eficiência, os E-Cores, baseados na microarquitetura Gracemont, uma evolução dos Tremont presentes em produtos como CPUs de baixa tensão. Apesar do foco em baixo consumo e aquecimento, a Intel afirma que esses núcleos conseguem entregar 40% mais performance que um núcleo Skylake consumindo 40% menos energia, e escalonam para 80% mais performance com 80% menos consumo quando comparamos dois núcleos e 4 threads Skylake versus 4 núcleos e 4 threads Gracemont.
Para lidar com essa variação nos núcleos e suas diferentes capacidades, a Intel precisou desenvolver uma nova solução para distribuir de forma mais eficiente as diferentes operações demandadas pelo sistema. É assim que entra em ação o Intel Thread Director, entregando mais informações ao sistema operacional sobre a performance que pode extrair de cada núcleo. Dessa forma, o sistema irá priorizar o uso dos núcleos de alto desempenho, depois os de alta eficiência, e por fim habilitar o Hyperthreading nos P-Cores, e com isso trazer mais threads disponíveis para cenários de alta performance em paralelismo.
Assim, os processadores Alder Lake são capazes de usar qualquer núcleo para uma operação, e o sistema irá, de forma inteligente, escolher qual o melhor núcleo para dedicar um trabalho. Mas para isso foi preciso aproximar as duas arquiteturas e torná-las capazes de lidar com as mesma funções, o que faz com que os núcleos Gracemont recebam um upgrade e tenham suporte ao AVX2. Em contrapartida, ocorre um donwgrade nos Golden Cove, que abandonaram o suporte ao AVX-512. As estruturas até estarão lá, afinal usam uma estrutura semelhante aos núcleos para servidor codinome Sapphire Rapid, mas estarão desabilitadas, limitando o uso desse tipo de operação apenas ao mercado de servidores e HPC.
Aqui é válido reforçar que o processador que estamos testando é uma exceção que não traz esse design híbrido. Seus 4 núcleos são focados em desempenho, baseados em Golden Cove.
Memórias DDR5: o que muda com a tecnologia? É hora de trocar?
Explicamos as novidades da nova geração da tecnologia e se é melhor não comprar DDR4 agora
Outra mudança importante dos processadores codinome Alder Lake-S é a atualização das tecnologias, colocando a Intel novamente na vanguarda após uma vantagem das plataformas AMD Ryzen na adoção de novas tecnologias. A 12ª geração Intel Core introduz novas memórias, as DDR5 e LPDDR5, enquanto mantém suporte ao DDR4/LPDDR4 simultaneamente. Fica por conta da mainboard definir para quais memórias será dado suporte, pois os processadores possuem controladores capazes de lidar com ambos os formatos.
No slot PCI Express, temos a introdução da tecnologia de versão 5.0, dobrando a largura de banda comparado ao PCIe 4.0. Aqui a coisa é mais tranquila, afinal falamos de uma tecnologia retrocompatível com versões anteriores, e que envolvem menos updates obrigatórios comparado ao DDR.
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Fotos
Abaixo algumas fotos do Core i3-12100F, processador que tem o mesmo formato de qualquer outro modelo da 12ª geração Core, baseado no soquete LGA 1700.
Um novo cooler acompanha alguns dos processadores da 12ª geração
Mas o que chama mais a atenção não é o processador, e sim o novo cooler, afinal do CPU mais potente ao mais simples, todos tem o mesmo formato, já o cooler recebeu uma mudança considerável em cima dos projetos anteriores, especialmente na parte circular, tanto no design das aletas como no próprio design do cooler, bem mais bonito que a geração passada.
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Sistema utilizado
Abaixo, detalhes sobre o sistema utilizado para os testes:
Máquinas utilizadas nos testes:
Todos os sistemas utilizaram componentes com mesmas características técnicas para os testes, com exceção da placa-mãe, que varia de acordo com a plataforma. Veja a configuração utilizada:
– Placa de vídeo: GeForce RTX 3080 Ti [análise]
– Placa-mãe: Gigabyte Z690 AORUS Master
– Memórias: 32GB (2x16GB) Kingston Fury Beast DDR5
– SSD: 500GB para sistema e 2TB para games
– Cooler: Intel Cooler BOX 2022
– Fonte de energia (PSU): Cooler Master V850 [site oficial]
A frequência das memórias é a máxima suportada pelo processador
Sistema Operacional e Drivers:
– Windows 11
– GeForce 511.xx
Aplicativos/Games:
– 7-Zip [site oficial]
– Adobe Premiere [site oficial]
– AIDA64 [site oficial]
– Blender [site oficial]
– CineBench R20 [site oficial]
– x264 Full HD Benchmark [download]
– V-Ray [site oficial]
– WinRAR 6.x [site oficial]
– 3DMark (DX11)
– Assassin´s Creed Odyssey (DX11)
– CyberPunk 2077 (DX12)
– Battlefield V (DX12)
– Counter-Strike Global Offense (DX11)
– Grand Theft Auto V (DX11)
– Red Dead Redemption (Vulkan)
CPU-Z/AIDA64
Através dos aplicativos CPU-Z e AIDA64, vemos algumas informações técnicas do processador, como modelo, clocks, número de núcleos e threads, etc. Como os modelos Core de 12ª tem suporte a memórias DDR5 até 4800MHz, essa será a frequência utilizada em nossos testes.
Vale destacar que alguns modelos da nova plataforma Intel AlderLake-S, leia-se Core de 12ª geração, tem sistema diferente de núcleos e threads, como núcleos de alta eficiência e núcleos de baixo consumo, mas no caso do Core i3-12100F isso não acontece, e temos os tradicionais 4 núcleos e 8 threads.
Plataforma em modo default com memórias DDR5 no MT/s máximo do processador analisado
Overclock
O Core i3-12100F não tem suporte a overclock, logo não tem testes nesse cenário.
Consumo de energia
Fizemos os testes de consumo de energia do sistema em modo ocioso e rodando o 3DMark, aplicativo que exige bastante do sistema.
É importante destacar que o consumo de energia depende bastante da placa-mãe e placa de vídeo, podendo variar consideravelmente de um sistema para outro com configurações semelhantes.
IDLE (Sistema ocioso)
Começamos pelo teste com o sistema em modo ocioso.
Rodando o 3DMark
Quando colocamos os sistemas rodando o 3DMark, temos os consumos abaixo:
Temperatura
Começamos pelos testes de temperatura, com o sistema em modo ocioso e rodando o Blender, aplicativo que “estressa” todos os núcleos dos processadores.
IDLE (Sistema ocioso)
Iniciamos com o sistema em modo ocioso, com o Windows em espera sem estar executando tarefas, além das tradicionais do sistema.
Rodando o Blender
É válido mencionar aqui que, em nossas recentes análises, trocamos o wPrime pelo Blender para os testes de temperatura. A mudança foi feita pois o wPrime estava apresentando resultados inconsistentes para os últimos produtos que testamos e não estava “puxando o hardware até o seu máximo”. O Blender se tornou mais interessante por ser amplamente usado e estressar mais os nossos componentes, sem as inconsistências que vinham acontecendo.
“A temperatura varia de acordo com o programa utilizado. Mesmo o wPrime estressando todos os núcleos sendo uma boa opção para ver o comportamento desse cenário, alguns programas podem exigir ainda mais do processador e, consequentemente, esquentar mais o mesmo. Como exemplo, citamos o Blender.”
“A temperatura varia de acordo com o programa utilizado. Mesmo o wPrime estressando todos os núcleos sendo uma boa opção para ver o comportamento desse cenário, alguns programas podem exigir ainda mais do processador e, consequentemente, esquentar mais o mesmo. Como exemplo, citamos o Blender.”
Testes sintéticos e reais
Abaixo, temos uma série de testes de desempenho com o sistema, comparando o processador analisado com outros modelos do mercado e fazendo exatamente os mesmos testes. Os testes consideram diferentes cenários de uso do processador e de outros componentes associados a dar mais desempenho ao sistema.
Os testes foram realizados em DDR5, com alguns testes em DDR4 estando presentes em alguns dos gráficos
Procuramos testes de benchmarks para mostrar vários cenários bem distintos, desde uso profissional como o editor de vídeo Adobe Premiere até testes em jogos.
Alguns testes podem tirar maior proveito de CPUs com clocks mais altos, independente da arquitetura e do número de núcleos/threads. Já outros podem tirar mais proveito de mais núcleos/threads
Adobe Premiere CC
Mais um teste de renderização de vídeo, em um cenário real renderizando com o Adobe Premiere CC 2020 sem uso de GPU:
AIDA64 Latency
O software AIDA64 tem vários testes de performance. Separamos um que mostra um cenário diferente dos demais: a velocidade de latência das memórias, que quanto menor o resultado, melhor.
Blender
O aplicativo Blender é voltado a profissionais de edição de filmes e manipulação de objetos 3D, sendo um bom teste real de como o sistema se comporta nesse tipo de cenário.
CineBENCH R23
O CineBench está entre os mais famosos testes de benchmarks para processadores, baseado em um teste convertendo uma imagem. Fizemos teste em Single e Multi Core com a versão R23:
V-Ray
O teste V-Ray Benchmark utilizado consiste no resultado de renderização do CPU. Quanto maior for o resultado, melhor é o desempenho.
x264 Full HD Benchmark
Em um teste de conversão de vídeo Full HD, temos os seguintes resultados:
7-Zip
O software de compactação 7-Zip se tornou um dos mais populares do mundo por se tratar de um aplicativo de código aberto, possuindo também um benchmark interno que vem sendo muito utilizado para métrica de performance. Abaixo, o desempenho dos sistemas com ele:
WinRAR
Outro bom teste para medir o comportamento do processador é o WinRAR, que consegue fazer bom uso de todos os cores.
3DMark
Começamos nossos testes com foco em vídeo com o 3DMark, na versão Fire Strike default e Ultra (4K).
Teste em games
Agora, vamos para os games. Selecionamos alguns dos principais títulos do mercado para mostrar como os processadores se comportam utilizando configurações semelhantes, sendo sempre a mesma config dos componentes utilizados.
Assassin´s Creed Valhalla
O game da Ubisoft baseado na tecnologia DirectX 12 é uma referência de software que demanda alto desempenho tanto do chip gráfico quanto do processador.
Battlefield V
Como um dos games com a melhor qualidade gráfica já lançados, o Battlefield V faz parte de nossa bateria de testes. Abaixo, o comportamento dos sistemas rodando o game da DICE.
Counter Strike: Global Ofensive
O game competitivo é baseado em DirectX 9 e, apesar das baixas exigências de performance na parte da placa de vídeo, por se tratar de um eSport, o ideal é alcançar altíssimas taxas de quadros, algo que traz alta carga tanto a CPU quanto GPU.
Cyberpunk 2077
Um dos maiores sucessos dos últimos tempos em games para PC é o Cyberpunk 2077, que agora faz parte de nossa bateria de testes. O game está rodando sobre a API DirectX 12.
GTA V
Grand Theft Auto V está entre os maiores sucessos dos últimos anos, trazendo entre seus destaques boa qualidade gráfica. Ele é um dos games que mais faz uso do CPU, sendo um ótimo teste para ver o comportamento e diferença entre esse componente. Confiram abaixo os resultados nesse game:
Red Dead Redemption 2
Game da RockStar, com belíssimos gráficos e uma boa referência para medir o comportamento de sistemas. Nosso teste considera o game rodando sobre a API Vulkan, que se comportou melhor tanto em placas AMD como Nvidia.
Rainbow Six Siege
O game de tiro tático da Ubisoft usa o motor AnvilNext e tem ótimo port para a API de baixo nível Vulkan. É um game bem otimizado para hardwares de entrada, mas que demanda muito poder computacional do processador e baixíssimas latências para atingir taxas de quadros elevadas.
Análise em Vídeo
Conclusão
Os Core i3 não receberam o mesmo carinho que o restante da linha Intel Core, com modelos como o Intel Core i5, i7 e i9 ganhando um aumento na contagem de núcleos e threads, além de uma arquitetura híbrida com núcleos de performance e núcleos de eficiência. Modelos como o Core i3-12100 – ou o Core i5-12400 – estão na mesma que seus antecessores, com quatro núcleos e 8 threads em uma arquitetura unificada, focada apenas nos núcleos de desempenho.
Mesmo sem a arquitetura híbrida ou aumento no número de núcleos, o 12100F tem evoluções perceptíveis
Mas, felizmente, isso não impediu esses processadores de alcançarem ganhos relevantes de desempenho. Comparado com um modelo da geração 10, o Core i3-10100, temos saltos respeitáveis de mais de 50% em aplicações profissionais, resultado de um suporte a memórias mais rápidas, evoluções da microarquitetura Intel 7 e o dobro de Smart Cache.
É uma pena que esse modelo específico não tem vídeo integrado, característica que pode ser interessante dependendo o uso da máquina, especialmente pelos bons resultados que os gráficos integrados da Intel estão alcançando em alguns cenários. O modelo Core i3-12100 tem vídeo integrado.
Nota rápida: é legal ver o coolerbox receber um tapa no visual. Do ponto de vista prático, o principal incremento é o cobre usado no contato com o processador, mas a mudança no visual também não é uma má pedida, especialmente considerando que é justamente nesses produtos de entrada que a galera vai muito provavelmente se limitar ao cooler que vem na caixa, seja porque um Core i3 não é muito exigente em resfriamento, seja porque o orçamento é apertado mesmo.
CPU de entrada entrega alta performance em games e se sai bem em aplicativos profissionais
Esse processador é muito potente em single-thread, o que coloca ele a frente até mesmo de bons modelos intermediários. Esse desempenho alto por núcleo faz com que ele chegue até mesmo a bater modelos intermediários de gerações anteriores como o Core i5-11400 e o Ryzen 5 3600, dois modelos com seis núcleos e 12 threads – e isso em cenários de uso profissional, onde mais núcleos e threads são uma vantagem relevante.
A natural redução nos preços da plataforma Alder Lake-S vai transformar o Core i3-12100F em uma opção imbatível na relação entre preço e performance
Isso torna o i3-12100F não apenas uma forte opção para games graças a sua excelente performance por núcleo mas também um ótimo processador de entrada até mesmo para uma bancada de edição de vídeo ou renderização 3D por causa de seus bons resultados em multithread. Seu custo chega a ser metade do cobrado em um Ryzen 5 3600 ou um Core i5-11400, e entrega 10% mais desempenho em aplicações profissionais e também games.
PRÓS |
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Excelente performance em games |
Boa performance em aplicações profissionais |
Performance de modelos Core i5 e Ryzen 5 que custam o dobro |
Baixo nível de aquecimento |
Novo coolerbox não é “feiosinho” e nem barulhento |
CONTRAS |
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Plataforma (DDR5 e placas chipset 600) com custo mais elevado no momento |
Bloqueado para overclock |
Sem gráficos integrados |
Fonte: https://adrenaline.com.br/analises/v/73533/analise-intel-core-i3-12100f-o-baratinho-da-geracao-alder-lake-s-e-muito-bom
2022-03-03 18:34:00