Testamos CPUs com décadas nas costas para ver como o tempo passou!
No ano passado, a gente entrou na nossa máquina do tempo e voltou ao passado para responder a pergunta “quantos anos dura uma placa de vídeo”? Para saber isso, nós rodamos uma série de testes com placas de vídeo lançadas no ano de 2015, fazendo elas enfrentarem jogos lançados a cada ano até chegar, enfim, em 2022.
Agora, chegou a vez de avaliar como os processadores resistem ao tempo. Para isso, nós escolhemos seis modelos de CPUs lançadas entre 2012 e 2014 que temos aqui no Adrenaline, sendo três da AMD e três da Intel, nos segmentos de entrada, intermediário e topo de linha.
Uma menção importante antes de apresentar os processadores: apesar do número de núcleos superior nos processadores AMD, os modelos utilizados fazem parte da linha FX, anterior à Ryzen atual. Nessas CPUs, a arquitetura de construção é diferente, Bulldozer de 1a e 2a geração, que apresentam módulos de dois núcleos que compartilham entre si alguns recursos, como unidade de entrada e cache de memória L2, por exemplo. Na época, a AMD apostou nisso com a intenção de otimizar o processador e reduzir custos. Isso, no entanto, acabou refletindo na performance dos modelos, fazendo com que eles entregassem uma performance pior de desempenho por núcleo.
Enquanto isso, a Intel já utilizava uma estrutura em seus processadores bastante similar ao que foi usado pela empresa até a 11a geração dos Intel Core, que, comparativamente, entregava uma melhor performance por núcleo. Isso foi antes da companhia partir para o atual formato de arquitetura híbrida que mescla os núcleos de performance e eficiência.
Processadores testados
Entrada
Intel Core i3 4150 (2 núcleos e 4 threads) – lançado no primeiro semestre de 2014 por US$ 117
AMD FX 4170 (4 núcleos e 4 threads) – lançado em fevereiro de 2012 por US$ 135
Intermediário
Intel Core i5 4570 (4 núcleos e 4 threads) – lançado no primeiro semestre de 2013 por US$ 192 a US$ 202
AMD FX 6300 (6 núcleos e 6 threads) – lançado em outubro de 2012 por US$ 132
High-end
Intel Core i7 4790k (4 núcleos e 8 threads) – lançado no primeiro semestre de 2014 por US$ 350
AMD FX 8370 (8 núcleos e 8 threads) – lançado em setembro de 2014 por US$ 199
Testes
Como a ideia aqui é a mesma da feita com as placas gráficas, separamos pelo menos dois games lançados em cada ano, de 2015 até 2022, para ver como cada um dos processadores se saiu com o passar do tempo. Nos testes, utilizamos a resolução 1080p com configurações no Ultra e calculamos a média e o 1% Low, para avaliar o real desempenho de cada um e evitar que a média esconda possíveis instabilidades durante os jogos.
Para isso, nós utilizamos a nossa bancada de testes, que acompanha uma placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 3080 Ti e memórias operando a 2133 Hz que é um bom nível para os padrões da época. Na avaliação, consideramos uma média de 60 quadros por segundo como ideal.
2015
Começando pelo ano de 2015, o que é possível perceber é que os modelos de entrada, tanto de AMD quanto de Intel, sofrem e não atingem os 60 quadros de média. Ou seja, se logo no início os competidores mais fracos das marcas não têm a performance ideal, o futuro para eles será curto…
2016
Já em 2016, Watch Dogs 2 apareceu como um game bastante exigente e só o i7 da Intel conseguiu entregar uma média de quadros satisfatória aos usuários.
O outro lançamento do ano foi Battlefield 1 e nele quase todos os competidores se saíram bem, entregando mais de 60 quadros. O problema aí está quando olhamos para o 1% Low. No percentil, praticamente todas as CPUs tiveram um resultado abaixo da metade da média, ou seja, apresentaram engasgos bruscos que atrapalham a gameplay. Isso acontece, possivelmente, pela destruição das formas presentes nos mapa BF, o que pode pesar no uso dos processadores. Neste caso, os testes foram feitos apenas no modo campanha.
2017
Em 2017 a boa notícia foi Shadow of War. O RPG de mundo aberto ambientado no universo de “O Senhor dos Anéis” rodou tranquilo em todos os nossos competidores, entregando médias acima dos 70 quadros.
Mas, em Assassin’s Creed Origins a história foi diferente e, novamente, só o topo de linha da Intel conseguiu entregar uma média acima dos 60 quadros por segundo. Mas a série Assassin’s Creed é conhecida por apresentar bastante instabilidade, então não está fora do padrão do game.
2018
Para saber como seria as performances dos modelos escolhidos no ano de 2018, nós rodamos uma trinca de games: Tomb Raider, Forza Horizon 4 e Assassin’s Creed Odyssey. Novamente, o Assassin’s Creed acabou apresentando um gráfico parecido com o game anterior da série, com apenas o Intel Core i7 rodando bem.
Em Forza e Tomb Raider, todas as CPUs, menos a AMD FX 4170 – o modelo de entrada da AMD -, conseguiram médias acimas dos 60 quadros. Mas, o 1% Low de Tomb Raider, em geral, foi ruim se comparado com as médias. Então a gameplay do título não foi muito fluida.
2019
Red Dead Redemption 2 ainda é um game bastante utilizado para testes aqui no Adrena, porque, desde o lançamento do jogo em 2019, ele se mostra um game bastante exigente tanto para processadores quanto para as placas de vídeo.
Nele, o Core i5 4570 e o FX 8370 bateram a média dos 60 fps, enquanto o i7 seguiu sobrando, na casa dos 90. Apesar disso, o percentil mostrado foi duro e, em quase todas as CPUs, o resultado foi na casa dos 30 quadros.
2020
O primeiro ano da pandemia trouxe consigo o polêmico Cyberpunk 2077 e se hardwares atuais ainda têm dificuldade em rodar o game, como era de se esperar, os nossos processadores velhinhos sofreram bastante. Nem o Core i7 4790k, o nosso melhor competidor, conseguiu manter médias acima dos 60 quadros. Já em Assassin’s Creed Valhalla, as médias entregues foram bem próximas entre si, a não ser pelos Core i5 e i7 que se sobressaíram, atingindo mais de 75 frames.
2021
Forza Horizon 5 também dificultou a vida dos modelos AMD e do Core i3. Nenhum deles chegou aos 60 quadros. Mas em Resident Evil Village, outro lançamento de 2021, as médias foram melhores. Até o AMD FX 4170 superou os 60 quadros em resolução Full HD Ultra, mas com um 1% Low de 37.
2022
Para finalizar, chegando aos games lançados no ano passado, Elden Ring e God of War parecem mostrar que os processadores antigos já não são mais confiáveis para entregar um bom desempenho, apesar do topo de linha da Intel segurar bem o tranco em God of War.
Conclusão
Avançando para a nossa conclusão, o processador que melhor resistiu ao teste do tempo foi o Intel Core i7 4790k. Até hoje, o modelo que é bastante similar a um Intel Core i3 de 10a geração tem força suficiente para superar os 60 quadros em diversos jogos. Ou seja, quem teve a possibilidade de gastar um pouco mais em 2014, conseguiu manter a jogabilidade estável em muitos títulos, mas já começou a sentir a passagem do tempo em games mais recentes. O que fez o modelo sobreviver ao tempo foi a combinação de boa quantidade de núcleos e threads. Vale lembrar que o Core i7 4790k tem 4 núcleos e 8 threads.
Dessa forma, um update de processador agora é bem-vindo para quem possui qualquer um dos modelos que testamos para este artigo, inclusive o i7. Isso porque mesmo modelos atuais de entrada conseguem superar a performance deles. Processadores como os AMD Ryzen 5 5600 e Intel Core i5 12400f, intermediários na faixa dos R$ 1.100, superam com tranquilidade os modelos antigos e ainda têm espaço para aguentar melhor o tempo.
Abaixo, apresentamos alguns gráficos comparativos dos desempenhos dos modelos indicados acima (AMD Ryzen 5 5600 e Intel Core i5 12400f) com os modelos mais antigos utilizados para os testes deste artigo, em jogos citados.
Antes do fim, os palpites!
Apesar de futurologia não ser o foco do canal, nós elegemos um candidato à resistir bem ao tempo: AMD Ryzen 7 5800X. Nosso palpite, no entanto, é baseado em alguns argumentos válidos. Primeiro que o modelo apresenta uma boa combinação de núcleos e threads, respectivamente 8 e 16, o que, segundo nossos testes, é um bom indicativo de que resistirá bem ao tempo. Outro ponto é que é o modelo que possui a mesma arquitetura que equipa os consoles de nova geração, Xbox Series e PlayStation 5, que contam ainda com anos de vida pela frente.
Considerando os produtos atuais, modelos como o Ryzen 7 5800X3D e o Core i5-12600K, por exemplo, são modelos que podem ser fortes candidatos a segurar por um longo período de tempo antes de ficarem defasados. Apostar em um desses modelos, ou os produtos superiores a eles dentro das linhas Intel Core e AMD Ryzen, pode ser uma boa aposta para jogar por vários anos.
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Fonte: https://news.google.com/__i/rss/rd/articles/CBMiYmh0dHBzOi8vYWRyZW5hbGluZS5jb20uYnIvYXJ0aWdvcy92LzgxNzE0L3F1YW50by10ZW1wby1kdXJhLXVtLXByb2Nlc3NhZG9yLXRlc3RhbW9zLTEwLWFub3MtZGVwb2lz0gFmaHR0cHM6Ly9hZHJlbmFsaW5lLmNvbS5ici9hbXAvYXJ0aWdvcy92LzgxNzE0L3F1YW50by10ZW1wby1kdXJhLXVtLXByb2Nlc3NhZG9yLXRlc3RhbW9zLTEwLWFub3MtZGVwb2lz?oc=5
2023-01-27 19:00:00